R.P.G. = Role Playing Game.
Todo mundo sabe o que é, mas a gente explica de novo. São videogames baseados nos jogos de interpretação de papéis famosos entre os nerds (Dungeons & Dragons, Vampire, Gurps, e outros sistemas), aqueles que um bando composto essencialmente por gordinhos, cabeludos metaleiros espinhentos, baixinhos viciados em card games e uma única garota (obrigatoriamente feia) passam os fins de semana jogando, reunidos ao redor de livros e revistas especializados onde torram todo seu dinheiro.
As versões eletrônicas de alguns desses jogos copiam as regras ou cenários destes sistemas e outros tem suas próprias regras, mas o essencial é que geralmente interages com outros personagens, às vezes crias os teus próprios, e eles evoluem com o passar do tempo, ganhando experiência em batalhas, que podem ser em tempo real ao modo dos jogos de ação ou então por turnos, e colecionam artefatos e armas. O cenário preferido dos programadores/jogadores é o medieval e muitas vezes os jogos são mais complexos e maiores que os de outros estilos, exigindo mais tempo para ser completados.
Na real, existem dois tipos básicos de videogames RPG: o oriental e o ocidental.
O ocidental geralmente é mais fiel ao RPG de mesa, sendo mais comum encontrar adaptações de Dungeons and Dragons neste tipo. O RPG ocidental geralmente dá menos enfase aos personagens, permitindo a criação de grupos genéricos de lutadores, clérigos, magos e etc. As histórias também costumam ser medievais genéricas (o grupo quer ficar rico ou famoso ou quer investigar alguma ameaça, geralmente monstros que estão atacando as pessoas de algum reino) e, algumas vezes em que a adaptação não é tão bem feita, eles mantém ate mesmo longos espaços vazios no cenário que na versão de tabuleiro serviriam para improvisação do mestre e dos jogadores. Outra característica é que o ocidental é mais hardcore quanto às regras, à dificuldade e as armadilhas. É mais fácil encontrar épicos e jogos abertos nesta categoria.
Como exemplos, cito os Ultima, Eye of the Beholder, Might and Magic e Elder Scrolls.
O RPG oriental é mais centrado na história do personagem principal, que normalmente já vem bem definido e é, na maior parte das vezes, um clichê com o qual o jogador possa se identificar (um jovem CORAJOSO de 15 anos que deixa seu vilarejo para se tornar um herói e salvar o mundo e encontrar muitas GAROTAS DE CABELO AZUL dispostas a dar pra ele no caminho). Pode até parecer que por tentar trabalhar melhor a história, o RPG oriental teria melhor roteiro, o que é um engano. Normalmente as histórias são sempre as mesmas, seguindo a exaustão os clichês criados pelos clássicos do gênero, a ponto de, após já teres jogado mais de cinco, poderes adivinhar exatamente tudo o que vai acontecer e no momento em que for acontecer.
Como exemplos, cito Final Fantasy, Phantasy Star e Dragon Quest.
Claro que existem outras diferenças menores e isso não é uma regra rígida.
É da opinião do MESTRE Pai-Mei que são superiores às versões de mesa, porque não é preciso ficar calculando regras ou jogando dados e os gráficos, até num CGA vagabundo, são milhões de vezes superiores à imaginação dos jogadores desse estilo. Porra, se os caras tem que torrar centenas de reais em trocentos livros só pra descrever o funcionamento de um cenário medieval meia-boca ou então pra conhecer os rumores sobre a camarilla dos vampiros gayzinhos, no que serão capazes de pensar por conta própria?
clique para incluir comentário